segunda-feira, 19 de setembro de 2011

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O alimento espiritual é um conjunto de elementos necessários ao bem estar de cada um.  No sentido psíquico, emocional, vibratório, energético. Em geral o ser humano se alimenta mal, tanto material quanto espiritualmente. Na alimentação que visa o sustento do corpo tem dado prioridade ao prazer, em detrimento da qualidade nutritiva dos alimentos. Mas a qualidade e quantidade de alimento espiritual também estão muito abaixo do ideal. Isto faz com que muitas pessoas passem a comer compulsivamente, tentando suprir com este prazer sensorial do paladar, a sua incrível carência de elementos que tragam equilíbrio ao espírito. Outras pessoas passam a comer muito pouco, na intenção de serem magras, e comprometem a quantidade de nutrientes necessários. Neste caso a vaidade foi o elemento espiritual que motivou um desvio de psiquismo, tentando suprir pela beleza física, o que só pode ser vivido em sua plenitude pela beleza espiritual.
O alimento espiritual é um conjunto de aspectos que supre o ser em seus níveis subatômicos, e me arrisco a dizer ultra-atômicos.

Um espírito sadio tem necessidade de muitos alimentos. Etérico, vibratório e átmico (“Átma, ou Atman, é o termo usado no hinduísmo para alma, espírito, ou consciência) e princípio de vida (sopro). A alma individual é semelhante à alma universal (Brama). No hinduísmo também significa aquilo que é imutável, indivisível e eterno, a verdadeira natureza das coisas.
O conceito geralmente usado de "Eu Superior", "Ser Espiritual", que está para além do corpo e da mente, aproxima-se ao de atma”.
http://www.infopedia.pt/$atma)

O alimento etérico é um tipo de substância contida em todo o cosmos, que intercala a todas as dimensões. É a matéria em seu princípio mais sutil, que é utilizada para compor o corpo dimensional de todas as criaturas. O corpo dimensional é a matriz plasmática de todas as formas. É a ferramenta que nos leva a interagir com o ambiente. No espiritismo é conhecido como perispírito, e na gnose como corpo etérico. As substâncias que suprem este corpo estão configuradas em vários sub elementos da tabela periódica. Elementos que seriam as mesmas moléculas, porém em sua interfase dimensional. Todos os elementos atuam no mínimo como dois corpos simultâneos, duodimensionais, ou seja estão presentes em duas dimensões ao mesmo tempo. Por isto que quando o homem perde o corpo material passa a habitar na quarta dimensão, pois terá apenas o seu corpo etérico como veículo de expressão de sua presença. É este o motivo pelo qual, quando falamos em ascensão, nos referimos à quinta dimensão, e não à quarta. Pois quando nossos elétrons saltarem, irão saltar simultaneamente para a quinta e sexta dimensões.  Sendo a quinta o plano mais denso, e a sexta o plano que faz a interfase com a dimensão vizinha, onde se expressará o ser em corpo sutil, nos momentos de desprendimento pelo sono, e muito amiúde de forma voluntária e consciente.

Quando em harmonia com o meio ambiente, o ser recebe um teor de melhor qualidade da  corrente energética configurada como “éter planetário”. Além de tudo, sendo o éter algo plasmável pelo pensamento e pelas emoções, o humano está constantemente plasmando o éter de acordo com a qualidade dos seus pensamentos. Como na terra habita uma população de bilhões de seres em 3d e cinco vezes mais 4d, podemos imaginar o tipo de plasma gerado tendo em vista que os pensamentos associados à tristeza, revolta, insatisfação estão plasmando o mundo etérico de forma desqualificada ao seu redor.

O corpo emocional é outro aspecto do indivíduo que não pode ser desprezado, pois é um conjunto de energias diretamente ligadas à emoção, podendo ser por exemplo, energias da ira, energias de tristeza, energias de aflição, ou energias de alegria, de fraternidade. Estas misteriosas forças são o que pode numa fração de segundo desestabilizar todo o equilíbrio de um ser, ou elevá-lo a estados de êxtase. É o campo em que o senhor buda recomenda seguir o caminho do meio.
Mantendo a serenidade, a paz interior, será possível caminhar sobre esta linha que alguns chamam de “o fio da navalha”, pois exige muito controle para se equilibrar. Mas como os halterofilistas desenvolvem seus músculos é possível desenvolver os “músculos” do corpo emocional, tornando-se impecável, inabalável, que são qualidades dos seres ascensionados. Os estados meditativos são essenciais para começar a obter este nível de tranqüilidade. Mas também a criação artística, ou as terapias alternativas podem suprir esta necessidade. É um processo que principia com a vontade do indivíduo.

Há variados “corpos” e variados alimentos necessários a cada um. Existe o corpo mental, que é o conjunto de seus pensamentos e percepções. Este corpo só pode ser alimentado por exercício intelectual.

Há o corpo vibratório, que se manifesta através de um tônus vibratório, ou seja a qualidade de suas vibrações.
Pessoas que falam demais, falam muito alto, escutam música barulhenta frequentemente, interagem com ambientes de vibrações desarmonizadas, que representam emoções impuras, tudo isto interfere na qualidade de suas vibrações. A base destas vibrações está no conjunto de seus hábitos. É como ter um corpo sonoro, e as ondas sonoras deste corpo precisam ser calmas, constantes e harmoniosas. As dissonâncias, em qualquer sentido desestabilizam este padrão. Ele é o padrão responsável pela ascensão em última instância, pois só com vibrações harmonizadas nos aproximamos da vida nas dimensões superiores.

Finalmente, o corpo átmico que é na verdade quem você é: um ser indestrutível, destinado à imortalidade. Conectado em infinitos níveis e freqüências com uma gama surpreendente de aspectos. A expressão definitiva da vida em sua condição mais pura. Cada um é uma expressão divina, uma face do criador. Assim como co-habitamos múltiplas dimensões, algo que só compreenderemos melhor ao atingir os estágios mais elevados, somos a sublime expressão de muitas reimpressões da consciência cósmica.

O corpo átmico se alimenta do bem e do belo. Seu coração é Amor, seu cérebro é Inteligência. Seus membros são Vontade Pura.
O atma se alimenta de si mesmo, mas não simplesmente em sua faceta subjugada à personalidade, mas também em relação a toda a sua expressão em todos os recantos do cosmos. É a flor da vida que precisa estar conectada numa rede de multiversos, vibrando amor por tudo que vive e tratando com amor a todas as criaturas. Simplesmente por ser um só organismo, assim o forte, quando atinge esta compreensão, inexoravelmente irá amparar o fraco.
Os despertos se alimentam particularmente por um exercício sublime de comunhão. As interações sociais, em torno de criações harmonizadoras como a música, a poesia, o teatro, a pintura, momentos que naturalmente liberam doces sentimentos, como os rituais de adoração, para que possam ser compartilhados, numa espécie de banquete espiritual.
Podemos dizer que o corpo átmico está alimentado quando sentimos a sensação de estar de alma lavada. Isto só é possível quando o Deus em nós interage com o Deus em Tudo e em Todos.

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