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Ouve-se a chama da nova visão a crepitar num fogo que principia. Uma onda de hipóteses vem surgindo, para ofuscar toda cristalização, o rugido do tempo, numa pira de novas combinações. As forças se renovam, cria-se uma estrutura de possibilidades que transitam daqui até à outra margem. Seres prosseguem erguendo a cabeça, desfrutando as chamas em suas múltiplas cores. Um novo poder, uma nova capacidade, uma nova ordem.
O que era o antigo relutante espírito oponente, vai saindo, para dar lugar ao que prefere o ato de compartilhar.
Mesmo assim as hordas ainda relutam, sofrem e se exaltam, banqueteiam-se, festejam em seus delírios loucos implantados. Porém os da nova visão prosseguem com o dom de enxergar com os olhos entreabertos, anotando tudo, vendo tudo, para que possam narrar a tragédia ao término destes eventos. Em um dado momento, serão erguidos, como quem merece a mão misericordiosa que afasta do perigo, serão puxados para fora do mar de injúrias, críticas, julgamentos recalcitrantes, agressões reiteradas, dos seres que enlouqueceram pela velha ordem, que se acharam vítimas do acaso, que não se orientaram para fora de seu próprio pesadelo.
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